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Artigos

Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

Print version ISSN 0100-7203

Rev. Bras. Ginecol. Obstet. vol.28 no.6 Rio de Janeiro June 2006

doi: 10.1590/S0100-72032006000600009 

RESUMO DE TESE

 

Câncer de mama em mulheres no Maranhão: estudo de sobrevida no Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON) em São Luís – MA (1998-2004)

 

Breast cancer in women of the state of Maranhão, Brazil: a survival study in an Oncology Center at São Luís – MA (1998-2004)

 

 

Autora: Dulcelena Ferreira Silva 
Orientadoras: Profa. Dra. Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento, Profa. Dra.Luciane Maria Oliveira Brito
 

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal do Maranhão, para obtenção do Título de Mestre, em 28 de abril de 2006.

 

 

OBJETIVOS: estudar a sobrevida de mulheres com câncer de mama tratadas no Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia/Instituto Aldenora Bello (CACON/IMOAB) em São Luís – MA. 
MATERIAL E MÉTODOS: foi realizado um estudo descritivo com avaliação de 103 prontuários médicos com registro de óbito por câncer de mama no CACON/IMOAB. Foram levantados dados sócio-demográficos, estadiamento clínico, tipo histológico, grau de diferenciação do tumor, tratamento, tempo de sobrevida em função do estadiamento inicial do tumor. Para análise estatística, foi ajustada uma regressão linear múltipla dos dados. Foi considerado um nível de significância de 5%. 
RESULTADOS E CONCLUSÕES: o câncer de mama foi mais freqüente nas mulheres entre 40 e 49 anos (38,8%), solteiras (45,6%), com escolaridade de 4 a 11 anos (47,6%), procedentes da capital, São Luís (68,9%). O estadiamento clínico mais comum foi o tipo III (51,5%), avançado. Os tipos histológicos e graus de diferenciação mais comuns, respectivamente, foram o carcinoma ductal infiltrante (82,5%) e o moderadamente diferenciado (60,7%). A associação terapêutica mais comumente empregada (40,8%) foi o tratamento cirúrgico, quimio e radioterapia. O estadiamento no momento da admissão foi a única variável explanatória que se revelou significante na determinação da sobrevida (p=0,004) O estadiamento I teve sobrevida mediana de 13 anos, ao passo que os tipos III e IV ficaram entre um e dois anos. Estas informações propõem que sejam instituídas ações em saúde pública objetivando diagnóstico precoce e terapêutica adequada.

Palavras-chave: Câncer de mama; Câncer de mama localmente avançado; Sobrevida; Epidemiologia